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Terça-feira, 19 de Agosto de 2025

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Prefeitura quebrou, mas o povo e a iniciativa privada mantêm Poços viva

Poços lotada

Alberto Silva
Por Alberto Silva
Prefeitura quebrou, mas o povo e a iniciativa privada mantêm Poços viva
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Poços de Caldas lotada e pulsando vida: quando a cidade mostra sua força sem precisar da prefeitura

O que vimos neste final de semana em Poços de Caldas foi algo de encher os olhos. Ruas movimentadas, praças tomadas por famílias, turistas chegando de todo canto, moradores circulando e curtindo. A cidade estava simplesmente lotada. E tudo isso aconteceu não porque a prefeitura organizou algo — mas porque os eventos privados e particulares mostraram como se faz.

O grande destaque foi o Poços Classic Car, que chegou à sua vigésima edição. A Praça Pedro Sanches parecia um cenário de filme: carros antigos lindíssimos, estandes bem montados, música boa, comida e bebida para todos os gostos, segurança particular, atendimento ao público de primeira. Um verdadeiro espetáculo. E o melhor de tudo: funcionou perfeitamente, sem depender do poder público.

A alegria estava estampada no rosto das pessoas. Famílias inteiras passeando, jovens tirando fotos, crianças correndo pelas praças. Os bares e restaurantes do centro estavam cheios, movimentando a economia local de um jeito que não se via há muito tempo. E isso prova uma coisa: quando o povo e a iniciativa privada assumem a frente, a cidade floresce.

Já está mais do que claro que a prefeitura não pode — e não deve — organizar eventos. Primeiro, porque não é papel dela. Segundo, porque a prefeitura está quebrada e não tem dinheiro nem para cuidar da saúde e da educação, quanto mais para bancar festas. Terceiro, porque não tem competência. Todas as vezes que a prefeitura mete a mão, o resultado é fraco, caro e cheio de problemas.

Agora, quando o evento é particular, tudo funciona. Quer exemplos? Além do Classic Car, temos a Festa Uai, que é sempre um sucesso, a Feira do Livro, que atrai gente de toda a região, e que dá gosto de ver. O que falta, e muita gente sente saudade, é o Festival de Música nas Montanhas, que era um cartão de visita cultural da cidade e que precisa voltar para colocar Poços novamente no mapa dos grandes eventos.

O povo mostrou que quer participar, que tem sede de cultura, lazer e diversão. O comércio agradeceu, os turistas ficaram encantados, e a cidade respirou um ar diferente neste final de semana. Mas fica a reflexão: até quando vamos depender da boa vontade de iniciativas privadas para manter Poços de Caldas viva?

Uma coisa é certa: quando o poder público atrapalha menos, a cidade brilha mais. Que esse fim de semana seja uma lição: não precisamos de promessas vazias, precisamos de espaço para que quem sabe fazer, faça.

FONTE/CRÉDITOS: Alberto Silva - Betto
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