As comunidades escolares das Escolas Estaduais Francisco Escobar e Dr. Edmundo Gouvêa Cardillo, em Poços de Caldas, aprovaram a adesão ao Programa de Escolas Cívico-Militares, promovido pelo Governo de Minas. As decisões foram tomadas em assembleias realizadas no mês passado (10/julho), com ampla participação da comunidade escolar.
Na escola Francisco Escobar, 133 pessoas participaram da votação, incluindo pais, professores, alunos e servidores — a maioria optou pela implantação do modelo. O mesmo aconteceu na Escola Dr. Edmundo Cardillo, embora a direção não tenha divulgado o número exato de votos.
Já as escolas Professor Arlindo Pereira (Polivalente), Padrão e Doutor João Eugênio de Almeida rejeitaram a proposta. Em algumas delas, como no Polivalente, a votação foi marcada por divergências de opinião e até discussão entre grupos contrários e favoráveis.
Na Escola Padrão, o placar foi de 90 votos contrários, 56 favoráveis e 1 em branco. Na Escola Doutor João Eugênio, a votação transcorreu de forma tranquila e a maioria dos 120 participantes também se posicionou contra.
✅ Apoio crescente ao modelo em Minas Gerais
A expansão das escolas cívico-militares em Minas segue avançando mesmo após o encerramento do programa em nível federal. O modelo prevê que a parte pedagógica continue sob responsabilidade dos professores, enquanto militares da reserva da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros atuam como monitores cívico-disciplinares, com foco em segurança, organização e promoção de um ambiente escolar mais respeitoso.
É importante ressaltar que a adesão não é automática. Mesmo com aprovação nas assembleias, as escolas ainda passarão por análise técnica da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), que avaliará critérios como viabilidade orçamentária, demanda local e estrutura física.
🗣️ Editorial – Pensa Poços Opina
A decisão das escolas Francisco Escobar e Edmundo Cardillo reforça um desejo legítimo de famílias que buscam mais ordem, segurança e qualidade no ambiente escolar. O modelo cívico-militar tem se mostrado uma alternativa promissora, com resultados positivos já registrados em outras unidades do estado.
Acreditamos que o debate deve ser respeitoso, mas é inegável que, diante dos desafios enfrentados por muitas escolas, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade, o reforço à disciplina e à valorização da autoridade escolar podem representar um avanço significativo.
Torcemos para que mais comunidades escolares avaliem com seriedade essa proposta e, se julgarem pertinente, abracem o modelo como ferramenta de transformação educacional.
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