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Segunda-feira, 11 de Agosto de 2025

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Tarifas de Trump sobre o Brasil entram em vigor nesta quarta; entenda.

Produtos brasileiros serão taxados em 50% ao chegarem nos EUA, mas há exceções!

João Lima Goulart
Por João Lima Goulart
Tarifas de Trump sobre o Brasil entram em vigor nesta quarta; entenda.
Foto: Reprodução/Porto de Santos
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Entrou em vigor nesta quarta-feira (6) a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre uma parte significativa das exportações brasileiras. A medida, assinada na semana passada pelo presidente norte-americano Donald Trump, atinge cerca de 36% dos produtos enviados ao mercado estadunidense, o que equivale a aproximadamente 4% do total das exportações brasileiras. Produtos como café, frutas e carnes passam a ser sobretaxados, enquanto outros — como suco de laranja, minérios, combustíveis e aeronaves — ficaram de fora do chamado "tarifaço".

A decisão faz parte da estratégia protecionista adotada pela Casa Branca, que tem elevado tarifas como forma de responder à perda de espaço dos EUA diante da China no comércio internacional. A nova taxa contra o Brasil teria sido motivada, segundo Trump, por questões políticas e econômicas, incluindo retaliações a decisões brasileiras que afetariam empresas de tecnologia norte-americanas, além de críticas à postura brasileira no cenário internacional.

Ainda em abril, o Brasil havia sido alvo de uma tarifa de 10% por ter superávit com os EUA. No entanto, a recente elevação para 50% acirra o clima de tensão nas relações comerciais entre os dois países.

Especialistas ouvidos por agências de notícias apontam que a medida norte-americana tem cunho político e estaria relacionada a pressões sobre o bloco Brics, que discute a adoção de moedas alternativas ao dólar no comércio global — iniciativa vista com preocupação por Washington.

Em resposta, o governo brasileiro declarou que pretende implementar um plano de contingência nos próximos dias, com linhas de crédito e possibilidades de contratos públicos para mitigar as perdas de exportadores nacionais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país não aceitará ser tratado como uma “republiqueta”, e reforçou que o Brasil continuará buscando alternativas ao dólar.

Negociações diplomáticas começaram após a oficialização da medida. A Secretaria do Tesouro dos EUA procurou o Ministério da Fazenda para abrir diálogo sobre possíveis ajustes nas tarifas. Donald Trump também sinalizou interesse em discutir pessoalmente com o presidente Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou a possibilidade de incluir minerais críticos e terras raras nas negociações, recursos estratégicos para a indústria tecnológica — e atualmente motivo de disputa entre China e EUA. Ele também destacou que o setor cafeeiro espera conseguir isenção futura, sobretudo após a China liberar 183 empresas brasileiras para exportar café ao país asiático no mesmo dia em que os EUA anunciaram a sobretaxa.

FONTE/CRÉDITOS: João Goulart Lima | Pensa Poços
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João Lima Goulart

Comunicólogo apaixonado por apurar fatos, contar boas histórias e transformar informação em conteúdo relevante. Natural de Blumenau, moro há 16 anos em Poços de Caldas — cidade que escolhi para viver e amar.