Um requerimento apresentado pelo vereador Tiago Mafra (PT) revelou que a Prefeitura de Poços de Caldas desembolsou R$ 295,4 mil na compra de 4.500 lâmpadas e 1.125 luminárias que não puderam ser utilizadas na obra do Centro Administrativo Municipal. Os equipamentos ficaram estocados por cerca de 10 meses na Carpintaria Municipal, sem qualquer utilização.
Segundo resposta oficial da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas, assinada pelo secretário José Benedito Damião (PSDB), a alteração do projeto – que retirou o forro de gesso – tornou as luminárias incompatíveis com a nova rede elétrica. A pasta alegou que não houve falha na compra, já que o material seguia o escopo inicial da obra.
Além das luminárias, o estoque inclui ainda centenas de latas de tinta, parte delas proveniente da extinta OS Santa Casa de Salto de Pirapora. A Prefeitura informou que todo o material está sendo redirecionado para outras construções, como UBSs e o futuro Hospital do Câncer, negando qualquer desperdício.
Mesmo assim, o vereador Tiago Mafra questionou em plenário por que não houve o cancelamento ou redirecionamento da aquisição a tempo, criticando a ausência de atuação da Controladoria Geral do Município. Ele defende que a situação revela falhas graves de planejamento.
A Prefeitura descarta superfaturamento, nega a abertura de processo administrativo e afirma que não há elementos para envio ao Tribunal de Contas. O episódio, porém, levanta dúvidas sobre a eficiência na aplicação dos recursos públicos e evidencia riscos de mau uso do dinheiro do contribuinte.
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