A decisão de transferir a Casa de Passagem de Poços de Caldas para o bairro Cascatinha, em frente à Praça Nino Trindade (Praça do Zumbi), na esquina das ruas Santo Antônio e Presidente Roosevelt, gerou descontentamento entre moradores da região.
O aposentado Pedro Ceccato, morador há mais de 50 anos, disse que a comunidade foi pega de surpresa. “É um bairro tranquilo, de famílias antigas. Esse tipo de serviço deveria ser em área descentralizada, não aqui no centro. Estamos cercados de escolas, creches e famílias preocupadas. Se houver algum problema, quem assume a responsabilidade?”, questionou.
Defesa da Prefeitura
A secretária de Assistência Social, Marcela Carvalho Messias, explicou que a mudança foi motivada por redução de custos e melhoria no atendimento. Segundo ela, o imóvel oferece possibilidade de divisão em quartos menores, permitindo separar idosos e pessoas que já trabalham, o que favorece a reinserção social.
Marcela destacou ainda que as reclamações surgiram antes mesmo da transferência. “Infelizmente, o que notamos é preconceito contra pessoas em situação de rua. Pedimos dois meses para avaliação. Se houver aumento de criminalidade ou furtos, os ajustes serão feitos. Até agora não há dados que indiquem riscos”, disse.
Apoio e funcionamento
O serviço, segundo a secretária, também conta com recursos federais, não sendo custeado apenas pelo município. Ela lembrou que na mesma rua já funcionam duas casas de acolhimento, que nunca foram alvo de reclamações.
A Casa de Passagem oferece alimentação, espaço para dormir, higiene pessoal e lavanderia. A proposta é ser uma moradia provisória, permitindo que os acolhidos possam se organizar, buscar emprego e sair das ruas.
“Diferente do antigo Centro Pop, aqui é a casa deles, um espaço para reconstruírem a vida”, concluiu Marcela.
Comentários: