🚨 A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (13) Hugo Ribeiro Rego, ex-gerente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedet) e ex-diretor de Turismo de Poços de Caldas, acusado de comandar um sofisticado esquema de corrupção, estelionato, uso de documento falso e associação criminosa envolvendo terrenos do Distrito Industrial.
Sua filha, de 26 anos, também foi detida e cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
📌 Como funcionava o golpe
Segundo o delegado regional Cleyson Rodrigo Brene, entre 2022 e 2024 Hugo se apresentava como “facilitador” para empresários interessados em áreas do programa Avança Poços.
Ele alegava que a lei exigia o pagamento de uma “contrapartida” que variava de R$ 100 mil a R$ 1,8 milhão.
O dinheiro era pago por PIX — para contas dele ou da filha — e também por cheques.
Para dar aparência de legalidade, Hugo encaminhava atas falsas do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Industrial (CDEI), simulando andamento dos processos e pressionando por novos depósitos.
📌 Uso do dinheiro e ligações políticas
A investigação aponta que parte do dinheiro foi utilizada para obras particulares e para a abertura de empresas no nome da filha, incluindo uma choperia ao lado da Estação da Fepasa.
Hugo ocupou cargos estratégicos na gestão municipal, foi coordenador de campanha do atual secretário de Serviços Urbanos, Celso Donato, e integrou o governo do ex-prefeito Sérgio Azevedo.
Até o momento, nem o atual prefeito nem o atual secretário foram formalmente citados no inquérito.
📌 Operação e próximos passos
A ação batizada de Castelo de Cartas cumpriu quatro mandados de busca e apreensão no bairro Jardim Vitória, resultando na apreensão de cinco celulares, notebooks e documentos que serão periciados.
A segunda fase da investigação vai apurar lavagem de dinheiro e identificar outros possíveis envolvidos.
Três empresas já foram reconhecidas como vítimas, mas a polícia acredita que o número e o valor total sejam muito maiores.
📌 Nota da Prefeitura
A Prefeitura informou que a investigação começou a partir de denúncia da própria Procuradoria Municipal, garantindo que os fatos ocorreram “à revelia do conhecimento interno” e reafirmando compromisso com a legalidade e transparência.
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